O processo de transformação estrutural do espaço rural de Santa Catarina é um fato evidente. Entre seus pontos mais visíveis estão a concentração da produção e a redução do número de produtores de várias cadeias produtivas, a redução da população rural, a redução do número de “jovens rurais”, a dificuldade de sucessão nas propriedades rurais da agricultura familiar, a mudança na forma de ocupação das terras agrícolas (redução da área de lavouras temporárias e pastagens), a redução da produção para consumo próprio, a diminuição da diversidade produtiva das propriedades rurais (aumento da especialização), o maior controle do processo produtivo pelos segmentos fornecedores de insumos e compradores da produção, a intensificação das relações de mercado, a ampliação da importância de atividades não agrícolas na ocupação e renda de muitas famílias, entre outros pontos (Silvestro et al., 2001; Altmann et al., 2008; Marcondes, 2010; Mattei, 2010). Nesse processo de mudança, ampliou-se o desafio para encontrar atividades econômicas que permitam a reprodução social de um importante contingente de agricultores familiares. Ainda que a maior parte das instituições e pessoas envolvidas com esse desafio concentre seus maiores esforços em atividades mais tradicionais, geralmente relacionadas às produções agrícola, pecuária e, em menor grau, florestal, nem sempre isso tem sido possível, pois a escolha mais adequada depende do ponto de vista das famílias dos agricultores, que encontram diferenciadas alternativas de ocupação e renda. publicação na integra
Categoria: Desenvolvimento Rural
Introdução
Origem dos dados
IDHM
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) tem como fonte estudos elaborados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fundação João Pinheiro. As análises apresentam os índices de IDHM geral e as variações por temáticas específicas: IDHM longevidade, IDHM educação e IDHM renda para o Estado e para os municípios catarinenses. Apresenta também tabela com o ranking dos municípios em nível estadual, das regiões agro e microrregiões do IBGE.
Dados demográficos
A elaboração dos painéis da evolução da demografia catarinense usa dados disponibilizados pelos Censos Demográficos do IBGE referentes aos anos de 1980, 1990, 2000 e 2010. Analisa-se a distribuição da população no território catarinense, nas regiões agro, nas microrregiões do IBGE e nos municípios por local do domicílio (rural e urbano) e por sexo. Também são apresentados a evolução da taxa de crescimento populacional e da taxa de urbanização, assim como a pirâmide etária da população em seus vários recortes espaciais e de domicílio.
Estrutura socioprodutiva
Para a análise da estrutura socioprodutiva da agricultura utiliza-se os dados dos Censos Agropecuários do IBGE dos anos de 1975, 1985, 1996, 2006 e 2017. Os painéis estão organizados em quatro grandes áreas: perfil dos produtores rurais (idade, sexo, escolaridade, finalidade da produção gerada pelo trabalho, renda); características dos estabelecimentos agropecuários (número e área dos estabelecimentos agropecuários, utilização das terras, estrutura fundiária); pessoal ocupado na agropecuária (familiares e contratados); e Valor da Produção Agropecuária (VPA) calculado com base nos dados de produção dos censos agropecuários e de levantamentos próprios da Epagri/Cepa.