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26/02/2025 | Institucional

Pecuária é destaque no agronegócio catarinense em 2024

O Desempenho da Agropecuária e do Agronegócio de Santa Catarina em 2024 destaca a importância da pecuária, os desafios climáticos e a queda nos preços de alguns produtos, com exportações de US$ 7,51 bilhões. Por Cristiele Deckert

A pecuária é o principal segmento do agronegócio catarinense, representando 60% do Valor de Produção Agropecuária (VPA). Esses dados fazem parte da publicação “Desempenho da Agropecuária e do Agronegócio de Santa Catarina”, lançada na manhã desta quinta-feira, 26, em evento online promovido pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa).  O lançamento foi transmitido pelo canal da Epagri on-line no youtube e contou com a presença do presidente da Epagri, Dirceu Leite, e do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

Pecuária ganha destaque no agronegócio catarinense em 2024 (Foto: Aires Mariga)

De acordo com o coordenador da publicação e analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Luiz Toresan, em 2024 a produção animal teve um crescimento de 6,6% no valor produzido, impulsionada pelo aumento na produção de bovinos, leite, suínos e ovos.

 

Agronegócio catarinense exporta US$ 7,51 bilhões em 2024

No comércio internacional, as exportações do agronegócio catarinense somaram US$7,51 bilhões e representou 64,3% do valor total das exportações de Santa Catarina. O Estado tem destaque no comércio internacional nas exportações brasileiras  de carnes suína e de frango, madeira e soja. Esses produtos são destinados principalmente para China, Estados Unidos, Japão e México.

“Embora permaneçam os desafios ligados aos custos tarifários e logísticos, esses mercados já estão consolidados para nossos produtos devido às cadeias produtivas bem estruturadas, qualidade sanitária e estrutura portuária”, explica Toresan. 

 

Desempenho dos grãos e frutas

O analista explica que houve um desempenho negativo dos grãos, com quedas fortes no milho, soja e feijão, pela combinação de preços mais baixos e queda na produção. “A cebola teve boa produção, mas os preços foram muito baixos. Enquanto o tabaco teve bons preços, mas forte queda na produção”, diz ele.

Já a banana e a uva tiveram bons resultados, enquanto a maçã e o maracujá foram prejudicados pela queda na produção. Segundo Toresan, os resultados foram afetados pelas chuvas de outubro e novembro de 2023 que prejudicaram as culturas agrícolas que estavam em campo naquele período, e consequentemente, reduziu em cerca de 6% a produção das lavouras.

“A área cultivada com lavouras teve retração de -1,13%, também afetada pelos eventos climáticos de outubro/novembro de 2023. Devido à queda de preços de alguns insumos, os produtores tiveram lucratividade na maioria das produções, com exceção na cebola”, relata Toresan.

Conforme Toresan, nos últimos 10 anos Santa Catarina teve aumento da área cultivada e ganhos de produtividade, apesar das constantes frustrações de safras. Ele explica que 2024 apresentou resultados menores que o ano anterior devido à queda de preços de culturas como milho, soja, cebola e feijão.  

 

A publicação

A publicação da Epagri/CEPA analisa os resultados do desempenho da agropecuária e agronegócio catarinense no último ano (2024) e aponta os principais acontecimentos do setor. Santa Catarina contribui de forma significativa no setor agropecuário brasileiro: está em oitavo lugar no ranking da produção agropecuária e exportações do agronegócio, conforme informações Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). 

O Coordenador da publicação e Analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Luiz Toresan, comentou que nos últimos 10 anos Santa Catarina teve aumento da área cultivada e ganhos de produtividade, apesar das constantes frustrações de safras. Toresan explica no vídeo abaixo que 2024 apresentou resultados menores que o ano anterior devido a queda de preços de culturas como milho, soja, cebola e feijão.  

 

 

Além dos resultados da agropecuária e do agronegócio, o boletim mostra também a produção, preços e o valor dos produtos produzidos pelo agronegócio no Estado. O estudo traz outras informações relevantes como a produtividade por área cultivada; os custos e estratégias lucrativas; as relações dos preços do que é produzido e do que é comprado para produzir e o desempenho no comércio internacional via exportações.

De acordo com o presidente Dirceu Leite, a Epagri tem o compromisso de fornecer informações transparentes e criteriosas sobre a produção agropecuária, garantindo que gestores, pesquisadores e toda a sociedade possam basear suas decisões em dados sólidos e verificáveis. “São essas informações que embasam as ações do governo, promovendo um desenvolvimento sustentável e eficiente para o país. Portanto, reforçamos a importância de que todos os agentes do setor utilizem fontes confiáveis e oficiais para orientar suas estratégias. Apenas com dados de qualidade podemos construir um futuro mais seguro, produtivo e competitivo para o agronegócio brasileiro”, 

“Necessitamos dessas informações do agro para criar as políticas públicas de Estado. As análises  demonstram que estamos no caminho certo ao incentivar a diversificação das propriedades. Através de programas e capacitações, buscamos proporcionar aos produtores as ferramentas necessárias para investirem em suas propriedades, garantindo assim maior segurança e geração de renda”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A publicação completa está disponível no link do Observatório Agro Catarinense bem como as edições anteriores.

 

* Cristiele Deckert, jornalista bolsista da Epagri/CEPA.

Informações para a imprensa: Isabela Schwengber, assessora de Comunicação da Epagri, fones (48) 3665-5407/99161-6596

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