Os empreendimentos de agregação de valor e as redes de cooperação da agricultura familiar de Santa Catarina – 2012
O processo de transformação estrutural do espaço rural de Santa Catarina é um fato evidente. Entre seus pontos mais visíveis estão a concentração da produção e a redução do número de produtores de várias cadeias produtivas, a redução da população rural, a redução do número de “jovens rurais”, a dificuldade de sucessão nas propriedades rurais da agricultura familiar, a mudança na forma de ocupação das terras agrícolas (redução da área de lavouras temporárias e pastagens), a redução da produção para consumo próprio, a diminuição da diversidade produtiva das propriedades rurais (aumento da especialização), o maior controle do processo produtivo pelos segmentos fornecedores de insumos e compradores da produção, a intensificação das relações de mercado, a ampliação da importância de atividades não agrícolas na ocupação e renda de muitas famílias, entre outros pontos (Silvestro et al., 2001; Altmann et al., 2008; Marcondes, 2010; Mattei, 2010). Nesse processo de mudança, ampliou-se o desafio para encontrar atividades econômicas que permitam a reprodução social de um importante contingente de agricultores familiares. Ainda que a maior parte das instituições e pessoas envolvidas com esse desafio concentre seus maiores esforços em atividades mais tradicionais, geralmente relacionadas às produções agrícola, pecuária e, em menor grau, florestal, nem sempre isso tem sido possível, pois a escolha mais adequada depende do ponto de vista das famílias dos agricultores, que encontram diferenciadas alternativas de ocupação e renda. publicação na integra